Durante meu período de faculdade descobri duas grandes
paixões, que se tornaram amores consolidados. Descobri que amo a profissão que
escolhi e me entreguei a grande arte de estudar. Confesso que hoje meu perfil é
muito mais científico do que clínico, mesmo eu gostando de atender, meu grande
amor é estudar, ler, estudar, ler, escrever e estudar!
Acontece que com a rotina profissional, a carreira
ascendendo e uma gama de responsabilidades para lidar, ambos amores ficaram,
digamos, adormecidos. Uma pequena chama ainda me lembrava deles, algo como um
caso antigo. Mas, nada que fosse reativado diante do corre-corre enlouquecedor
da minha vida.
Eis que surge um grande lindo desafio. Vem o convite de
criar, ministrar e implementar o Curso de Cuidadores de Idosos e Pessoas com
Deficiência do Fundo Social de Solidariedade da Prefeitura Municipal da minha
cidade. Poxa, grande desafio técnico e organizacional.
Desafio aceito. Desafio colocado em prática! Foram meses de
leitura, preparação de aula, ministrar aulas, supervisionar estágio e... e... o
tempo passou e eu nem vi. Quando vi aquele amor pela profissão e pelos estudos
já ardia, já estava presente. Sentimento bom esse, viu?
Diante de toda essa história a última semana do curso, eu
tinha certeza, que não passaria em branco. Não seria qualquer última semana de
curso. E não foi! Foi, simplesmente, a semana mais emocionante,
profissionalmente falando, que vivenciei nesses anos de formada. Foram dois
dias de fechamento, foram dois dias emocionantes, foram dois lindos dias.
Lembro-me agora de dizer as minhas alunas que ninguém perde
de dividir o conhecimento, muito pelo contrário, que ganhamos mais experiência
e que o mercado sempre terá vaga para os que são bons. Eu creio, de coração,
nisso e por isso que dividi tudo o que podia com elas, toda minha experiência
profissional, pessoal e de vida. Tudo aquilo que tive o prazer de presenciar,
vivenciar e aprender.
Nesse momento eu tive a plena certeza de que eu aprendi
tanto quanto cada aluna. Eu aprendi coisas inexplicáveis em palavras, eu
vivenciei histórias surpreendentes, eu fiz e desfiz laços, eu cresci, eu gerenciei
melhor meu tempo. Eu, eu tive a oportunidade de ouro de me tornar uma
profissional melhor!
Agora o que resta são as boas e infinitas lembranças desses
momentos, dessas aulas. Me resta a certeza do bom trabalho efetuada. Me resta o
laço que fiz com cada uma delas e a referência que criei para elas. Me resta?
Não, acho que não, me sobra. Me sobra tudo isso ai de cima.
Certeza, que me sobra a certeza de que sou um ser melhor!
Obrigada, queridas alunas, pela oportunidade de ser grande,
igual a vocês.
Um comentário:
Como é bom fazermos algo que nos deixa felizes não é?Aproveita flor pois nem sempre conseguimos conciliar trabalho a felicidade.
Beijoss!!
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