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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Amores, somente, Amores

O último post está datado do dia 17 de Fevereiro e assim como o vento, o tempo voou e passou! Quando escrevia sobre os amores e dores da minha vida nos últimos tempo não imaginava o quão grandioso seriam os dias subsequentes.

Lá em fevereiro, ainda. Dia 22. Sem sinal, sem aviso prévio, sem a menor cerimônia descubro uma nova gravidez. Um desespero envolve meu coração. Dois testes de farmácia, dois exames de sangue e tudo para confirmar o positivo. Como profissional da área da saúde eu já sabia que não existe falso positivo. Mas, existem momentos na vida que o lado técnico da lugar ao humano e você é envolvido nessa atmosfera que te torna frágil, que te torna comum, que te torna como qualquer pessoa que nunca fez nada relacionado a saúde. Não me lembro a data certa quando ouvimos o coração bater, em outra sala de ultrassom, quando por minutos de intensa alegria, o meu coração que parou de bater e dessa vez de tamanha que era a alegria daquele momento. A parte linda da história: dia 23 era aniversário do mais novo papai da família, o recém descoberto.

O tempo foi passando. Os meses. Os ultrassons.
Era dia 03 de Maio. Aquela sala já conhecida. Aquela médica. Aquele universo. As mesmas perguntas sobre o coração e em poucos minutos eis que me aparece na tela a confirmação do sexo. Viria ao mundo o meu Menino. Meu grande e inevitável amor. Tomada por uma intensa emoção me vejo com os olhos marejados e agradecendo a cada segundo a Deus. Agradeço a minha mãe, que de lá do céu acompanhava tudo que acontecia dentro daquela sala. A parte linda da história: dia 04 de maio era o meu aniversário. Parte linda novamente, nada disso foi arquitetado, tudo foi uma estratégia do universo, um presente, uma dádiva.

Os meses seguintes correram com a barriga crescendo. Correram nas salas de ultrassom com  o coração batendo a mil, o dele e o meu, principalmente. Correu nas consultas da obstetra. Correu tanto, que hoje ao olhar para traz, vejo como a minha vida já estava colorida e depois daquele 22 de Fevereiro sinto como se as cores fossem neon. Fossem fortes. Assim como eu sou diante de tantos amores e dores.

Meu menino chega em Outubro e este pode ser o ultimo mês que aqui estamos com ele na barriga. Mas, eu vejo nessa situação uma oportunidade de aprender que a vida não precisou me dar nada para que a cor voltasse aos meus dias. Muito pelo contrário. A vida me deu uma única coisa: a oportunidade de recomeçar a cada dia. Deus me deu a chance de ser acolhida em minha dor e com isso eu ressignifiquei meus processos, meus conceitos, minha vida. Tenho uma saudade que não cabe dentro do peito daquela que sempre foi meu porto, mega, seguro. Mas, igualmente, tenho um amor que não sei dimensionar pelo meu Principe e esse vez o texto é sobre Amores.



Amores daqueles que a vida te faz perder o fôlego.
Amores inexplicáveis.
Amores, simples assim! 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Amores e Dores


15 de Dezembro de 2012.

O dia do meu sonho de menina se tornar realidade. Um Grand Finale para incansáveis meses de preparação. Aquele dia que mudaria nossa vida. E mudou! Todo dia 15 de Dezembro era dia de comemoração, de programas a dois, de sonhos....
Pensávamos em comemoração, em 2015. Mas, não deu para pensa em outra coisa. O ano iniciou com a minha bela flor, aquela que fez pão com manteiga na chapa, que foi a mãe com açúcar, que me mostrou o que é delicadeza e força em uma única pessoa, voando e nos deixando com a maior saudades do mundo. Perdi minha avó materna. Mas, o ano de 2015 ainda guardava surpresas, e  03 anos após viver meu sonho de menina, perdi aquela que me ensinou o que é vida. Me ensinou princípios éticos, religião e boas maneiras. Me ensinou a engolir o choro, a ser forte e buscar se feliz. Perdi a minha mãe. Sem avisos, sem que houve possibilidade de escolhas, ela se foi e desde então o dia 15 se tornou uma data com sentimentos que não consigo definir.

Imagem do Google
A vida, ainda assim, me ensinava o significado de ser forte. Quando após tentativas por alguns meses me descubro grávida.  A vida começava a ter cor, nada com o brilho dos olhos de antes, mas um tom pastel, que me dava vontade de voltar a sorrir. Quando, naquela sala de ultrassom no dia 15 de Julho de 2016, nosso bebê aparece na tela, por poucos segundos, até descobrirmos que o coração tinha parado de bater, assim como o meu naquele momento.
Antes que os olhos marejem eu penso que a vida, Deus, o universo, tem me dado oportunidades únicas de resignificar tudo, ou quase tudo, na minha vida. Sabe aquele conceito de dor que é ruim e que ninguém quer sentir? Não precisa ser dessa forma, eu floresci nas dores, me descobri forte e vivenciei a vida real, o mundo que existe fora do conto de fadas de quem prepara um casamento.   É sim! Juro! As dores nos tornam mais amáveis com quem passa por problemas que não imaginamos. Nos torna mais sensíveis e mais fortes, a ponto de não sabermos onde toda essa coragem e força estava guardada.

"Que na esquina de todas as dores, o amor seja o aconchego, o colo de que se necessita.."
Autor Desconhecido

Ah a Dor. Ah o amor! 💔💕
Esse post é sim sobre dores e amores dentro de um pequeno universo!