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quinta-feira, 31 de março de 2011

A saudade que fica!

Eu tenho uma família grande, dos dois lado. Amo família grande, mesmo sabendo que talvez eu não consiga ter a minha família desse tamanho e um tanto quanto bom ter uma penca de tios, uns par de primos e agregados.

O fato é que depois que me formei acabei me sentindo, um pouco, responsável pela área médica e técnica da saúde. Não é fácil entender terminologia da saúde, letra de médicos, conhecer sobre exames, saber sobre diagnóstico e prognóstico, enfim, é uma área diferenciada pois cuida de gente e era assim que eu me sentia: cuidando de gente o tempo todo! Não sou médica, mas sou da área, sou TO e isso garantiu que eu soubesse, ao menos um pouco, os caminhos e meandros da saúde da cidade que moro.

Até que um dia, uns dos meus tios, ficou doente e eu, pela flexibilidade de horário e preferência da minha tia, comecei a acompanhar em médicos, exames, reuniões médicas, discussão de caso.  Cheguei a levantar hipóteses, pedir exames, ler exames, orientar minha tia, ir atrás de profissionais para orientar nas áreas que não domino e assim foi um tempo, alguns meses, que não lembro ao certo. Talvez possa ser até 01 ano!

Mas, em junho do ano passado, meu tio ficou muito, muito mal mesmo, hospitalizado por 10 dias, aproximadamente, acompanhei tudo bem de perto! Depois desse período de hospitalização nada foi como antes e as idas e vindas do Pronto socorro eram freqüentes. Nesses momentos eu já deixava de ser profissional e estava começando a ser a sobrinha, apenas isso, de fato, fazendo pelo amor que tinha ao meu tio e não mais por aquela responsabilidade recém saída da faculdade.

Lembro-me com clareza meados de julho, foi um final de semana inteiro de idas e vindas do Pronto Socorro. Meu tio já debilitado precisava de auxílio para sair da ambulância, se manter em pé durante os (infinitos) Raios X, levantar da cadeira de rodas, deitar na maca e tudo era um esforço tremendo, até comer, tomar banho e trocar de roupa. Nesse final de semana lembro-me de ter pedido, praticamente implorado, ao médico plantonista que o internasse, que eu me tornaria a responsável pela internação e de nada adiantou. Ele voltou para a casa, da mesma forma que veio.

Na sexta-feira seguinte, de madrugada, o telefone toca, novamente meu tio no PS. Eu estava dormindo e quando ouvi a conversa da minha mãe com a minha tia pensei: “Senhor, tenha misericórdia dele. Para que tanto sofrimento?” E adormeci. Antes de ir para SP, em um curso, no mesmo dia, passei pelo PS para vê-lo. Desci correndo, entrei, sentei ao seu lado e conversamos um pouco (eu tinha um horário bem apertado!) e como sempre eu disse a ele: “Tio, fica tranqüilo. Vai ficar tudo bem, viu? Amanhã eu vou na sua casa te ver!” Passei a mão no seu rosto, beijei-o e ele me disse: “ vai com Deus!”.

Três horas depois o telefone tocou, eu já estava em SP, era minha mãe e ele tinha acabo de falecer. Sem saber Deus me deu a oportunidade de me despedir dele, era como se eu tivesse tendo o privilégio de dizer adeus, era assim que eu senti. Na verdade ainda me sinto assim hoje, com um privilégio enorme de poder ter o visto!

Chorei muito, não de outro sentimento se não saudades. E é assim hoje, 08 meses depois, chorando a saudade. Uma saudade imensa que não sei de onde vem e nem porque veio agora, mas vem.

Tenho certeza de que fiz tudo que pude. Estive perto sempre que pude. Ajudei no que pude. E ficou as saudades!

terça-feira, 22 de março de 2011

Primeiro Contrato

O casamento é um momento lindo. Isso é fácil de ler em qualquer lugar e ouvir muitos relatos. Inclusive, não pelo momento lindo, mas um dos sonhos meus é casar. Sempre me imaginei entrando na igreja de noiva, aquele verdadeiro sonho de menina.

Hoje estou prestes a realizá-lo. Alias prestes, prestes, também não. Começo a trilhar o caminho da preparação para o casamento. E o primeiro contrato que fechei não podia ser diferente: cerimonial.

Não fiquei procurando exatamente porque eu sabia quem eu queria. Sabia dos serviços prestados e não tinha dúvidas que queria essa cerimonial. Essa, até agora, foi uma das poucas certezas, juntamente com a escolha da data e da igreja, que tive nesse trilhar. Ainda tenho dúvidas sobre a decoração, sobre se vai ter festa ou não, lua de mel, padrinhos, vestido e muuuitos outros detalhes. Mas, o importante é que o primeiro contrato de cerimonial está fechado! E eu estou feliz com isso!

Mas, como nem tudo são folhes na vida de uma noiva.... a mãe da noiva estressa com o noivo, o noivo com a mãe da noiva e a noiva com os dois. Que coisa! Como pode um momento tão lindo ser algo tão “enlouquecedor”? Não enlouquecedor no sentido literal da palavra, mas nos sentimentos que se confundem. Nas vontades que se mesclam. Nas dúvidas e certezas que ás vezes variam.

Eu quero que sejam os melhores momentos até chegar o grande dia, mas começo a ver que a vida real é bem diferente daquela que via nos contos de fadas quando era pequena. A vida real é assim, intensa, incerta, instável.

E eu vou tentando me acostumar com tanta “in” na vida e com essa nova possibilidade, de casar!

segunda-feira, 21 de março de 2011

O meu começo

Eu sempre gostei de escrever, isso não é novidade. Quando adolescente tive diário, agenda, alias, quem não teve, não é mesmo? Mas escrever sempre foi mais que isso, não não sou jornalista, mas escrever é uma forma de guardar mesmo o dia a dia do passado, por isso gosto de mandar emails, sms, anotar na agenda de compromissos, como forma de relembrar os dias que se passaram.

A vontade de escrever tem aumentado desde que comecei a ter um caderno para escrever as idéias que tenho pro meu casamento. Eram tantas que foram parar todas em um caderninho, pequeno, que levo onde quero. neles tem idéias, cartões de fornecedores, telefones, e mais um monte de informações para quando eu precisar. Tenho curtido cada página desse caderno. Cada linha. Curto abrir nas idéias e ficar olhando e pensando em novas. Um dia elas se tornaram realidade. Eu creio!

A vontade de escrever só aumenta quando começo a analisar minha rotina, minha vida profissional. Meus dilemas modernos: quero casar, quero ter filhos, quero trabalhar muito, quero ter sucesso e, principalmente, não quero abrir mão de nada para ter tudo. Que coisa, não? E escrever foi o meio de organizar as idéias. Álias, escrever organiza as idéias, os sentimentos e principalmente a rotina. Fato! Fazer tabela com tudo que faz no dia a dia é uma forma de visualizar o seu dia, atribuições e tempo destinado para cada atividade. #ficadica de Terapeuta ocupacional.

Que a vontade de escrever cresça. Que os preparativos para o casamento corram e que os dilemas se resolvam. Assim eu espero! =)