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quarta-feira, 13 de junho de 2012

E fim. E viva. Temos um topo de bolo!

O planejamento de todos os itens do casamento seguiu a mesma linha de escolha: FAZER SENTIDO PARA MIM. Pouco me importava se estava na moda, se era usado, o mais importante de tudo era o que a escolha representava para mim. E enquanto noiva eu não abri mão do sentido, da importância!
 
Assim como todos os itens, o topo de bolo seguiu a mesma regra e a história começa com idas a casamentos alheios e a pouca importância que, sempre, dei a esse item. Não me chamava atenção, não me causava desejo, não tinha a menor vontade de investir dinheiro nesse item, pois sei que meu topo de bolo inevitavelmente iria para dentro do armário e ser lembrado na hora da arrumação. Coisa minha, decisão minha, opinião minha!

Até então que no ano passado meus avós completaram 60 anos de casamento e como todo ano os noivinhos deles saem da caixa, são limpos e vão parar no lugar de destaque, seja qual for o estilo de comemoração a regra é essa! E eureka, naquele dia, como um luz, me veem o desejo de ter o noivinho dos meus avós como topo de bolo do meu casamento.
 
Sabe aqueles noivinhos antigos? Ainda sem muito detalhe? Sem muita caracterização? Assim são eles, surpreendentemente clean, lindos e com o sentido maior do mundo.
 
Comentei com o noivo que de pronto aceitou a decisão, minha mãe, claro, comprou na hora a ideia e o tempo passou e esperei chegar mais perto para pedir a quem é de direito o uso dos noivinhos.
 
E então, esses dias, em uma tarde qualquer e de maneira despretensiosa, passei na casa dos meus avós. Os dois sentadinhos vendo TV. Me aproximei do meu vô, sentei no chão ao seu lado e comecei a história:

- Vô queria fazer um pedido. Posso?
- Claro! Se eu puder ajudar.
- Então, Vô, nós queremos pedir emprestado os noivinhos do seu casamento para usarmos no nosso casamento. Você empresta?

E ai, com os olhos marejados, ele me olha e o mundo para nesse segundo de emoção (sim, assim mesmo e nada de piegas, porque foi muito emocionante mesmo). Prontamente ele responde:

- Mas é claro que empresto.

E em seguida pergunta para a minha Avó:

- Bem, você empresta os noivinhos do nosso casamento para a Camila casar?
- Mais é claro que empresto, responde ela, que após alguns segundos já esquece todo o diálogo.

E assim, com as bênçãos dos meus avós. Com o noivinho de sentido. Com emoção. Que o topo de bolo está resolvido. Confesso mil vezes que esse é o momento mais lindo que irei guardar dos meus avós e que enquanto eu viver vou me emocionar de lembrar dessa tarde.

E fim. E um viva.
Topo de bolo resolvido!

Um comentário:

Izabela Rodrigues disse...

Nossa, fiquei muito curiosa para ver esses noivinhos!!!