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domingo, 30 de outubro de 2011

Postura cidadã

Como profissional da área da saúde, tenho observado o movimento que tem acontecido sobre a parada ILEGAL nas vagas destinadas a idosos e pessoas com deficiência. Esse movimento nunca foi tão forte e com tantas pessoas engajadas como no presente momento. Bom, isso não é mesmo?
Sim, muito. Acontece que ainda tem muita gente que não se sente tocado por toda a campanha para a responsabilidade cidadã consciente e continua acreditando, erroneamente, que essas vagas pré-determinadas ainda podem ser usadas para qualquer fim.

imagem retirada do Gooogle

Essas vagas têm no solo a simbologia pintada, indicando a particularidade da vaga. Assim como placa referente ao uso indevido e população que se aplica. Por fim, quem está autorizado a parar nas vagas para pessoas com deficiência física são carros que possuem selo, indicativo da deficiência, colados no vidro da frente e de traz dos carros. Esses selos são azuis, que nem esse aqui:
Isso significa que se seu carro não possui esse selo, essa vaga não pode ser utilizada por você NEM POR UM MINUTO!
Muito simples, não é mesmo? Não, não é.
Semana passada eu estava parada no centro da cidade. Uma parada de cerca de 45 minutos. E ao meu lado tinham duas vagas reservadas para pessoas com deficiência física. Ví muito carros darem ré, para pararem nas vagas e irem embora.
Mas, também vi um carro dirigido por um senhor, de cerca de 50 anos, parar na vaga reservada e descer do carro. A acompanhante também desce. O casal se dá a mão e entra e m um consultório odontológico. Assim, como se nada tivesse acontecido! Tirei fotos com o celular, várias fotos, com o intuito de enviar para o jornal da cidade, denunciando mesmo!
Menos de 15 minutos depois, outro carro vem e estaciona na segunda vaga reservada e desde dele uma jovem, cerca de 35 anos. Nesse caso ficam no carro o acompanhante e uma criança. Essa pessoa demora cerca de 15 minutos, volta e vai embora. Pode ser? Não, não pode. Essas vagas não são para parada em nenhuma circunstância. Tirei, novamente, mais fotos.
A verdade é que fiquei muito incomodada com as duas situações que presenciei. Não é justo com quem precisa dessas vagas, principalmente porque a situação em si de ser uma pessoa deficiente física que necessite de disposições adicionais para ser independente limita o desempenho das atividades. Imagina você, chegando no centro da cidade para ir ao banco, por exemplo. A vaga onde você pode parar, que tem rampa de acesso próximo, normalmente ao lado, está ocupada. Você precisa parar em outra vaga e sem rampa de acesso e para chegar ao banco precisará se locomover, de cadeira de rodas, pela rua. Sentiu o problema? Percebeu a dificuldade?
Diante da minha profunda indignação e do compromisso que assumi quando me formei profissional da reabilitação resolvi ligar para o Departamento de Trânsito. Fiz uma denúncia indicando o local e tudo que eu tinha visto.
Alguns minutos após, cerca de 30 minutos, voltei ao local e encontrei a viatura do transito, me identifiquei e contei que tinha efetuado a denuncia. Pude ver que carro, aquele primeiro, estava ainda estacionado e MULTADO e tinha outro carro estacionado, um terceiro infrator, multado também.
Me senti como? CIDADÃ.
E a partir de agora vou denunciar sempre que presenciar essas infrações. É assim que defendemos os direitos de todos nós. É assim que o Brasil começa a mudar e é assim que infratores aprenderam: colocando a mão no bolso e posteriormente, na consciência. É assim que eu espero!

Um comentário:

Musa Magalhães disse...

Oi, Camila, quanto tempo! Menina, eu fiquei feliz uma vez q vi no metrô uma senhora recusando o lugar q ela cedia e ela respondendo: Imagina, pode sentar, esse lugar é SEU!

Adorei.

Beijos!